Eu aproveitei a minha paixão pelo pinheiro araucária e selecionei alguns textos e atividades que deixo aqui como referências. Espero que gostem!
TEXTO CIENTÍFICO
Sua majestade: o
Pinheiro Brasileiro
Autor: Miriam Prochnow
e Wigold B. Schaffer. Publicado em 22/05/2010.
O pinheiro brasileiro, também conhecido como
araucária, é a árvore predominante da floresta ombrófila mista,
também conhecida como floresta com araucárias, uma das formações
florestais do bioma Mata Atlântica. Originalmente, essa floresta se
espalhava por cerca de 200.000 quilômetros quadrados dos estados do
Sul e Sudeste do Brasil, principalmente nos planaltos e regiões mais
frias.
O Pinheiro Brasileiro, cientificamente chamado de
Araucaria angustifolia, é uma árvore de tronco cilíndrico
e reto, cujas copas dão um destaque especial à paisagem. Chega a
viver até 700 anos, alcançando diâmetro de dois metros e altura de
até 50 metros.
Durante seu crescimento passa pelas mais variadas formas. Quando pequeno o pinheirinho parece um candelabro, à medida que cresce assume a forma de um cone e já no auge de sua maturidade, assemelha-se a uma taça. É o conjunto de taças, das copas dos pinheiros adultos, que confere à floresta com araucárias toda sua beleza e imponência, em especial no inverno, quando a neve a enfeita ainda mais.
No Sul do Brasil, o pinheiro brasileiro também é muito lembrado no período de inverno e festas juninas, quando a sua semente, o pinhão, é muito apreciado, cozido ou assado na brasa. Existe inclusive a festa nacional do pinhão, em Santa Catarina. O pinhão é uma fonte de alimento muito importante para a fauna nativa. Uma lenda, passada de geração em geração, conta que quem planta a araucária é a gralha-azul, que coleta os pinhões para comer, escondendo alguns para depois e acaba se esquecendo deles. Assim nascem os novos pinheirinhos. Lenda ou não, o fato é que existe uma ligação muito profunda e delicada entre a floresta e seus habitantes, inclusive os habitantes humanos. O pinhão é, ainda hoje, uma fonte de renda para muitas famílias.
A qualidade da madeira, leve e sem falhas, fez com que a araucária fosse impiedosamente explorada, principalmente a partir do início do século XX. Calcula-se que, entre 1930 e 1990, cerca de 100 milhões de pinheiros tenham sido derrubados. Nas décadas de 1950 e 1960, a madeira de araucária figurou no topo da lista das exportações brasileiras.
Nem mesmo a beleza cênica, a riqueza biológica, a importância econômica de espécies como a araucária, a imbuia, o xaxim, a canela sassafrás e a erva mate, ou o alerta de cientistas e ambientalistas feitos a partir de 1930, foram suficientes para que as autoridades e a sociedade brasileira adotassem medidas efetivas de proteção da floresta com araucárias.
A araucária é uma das espécies mais antigas da flora brasileira, passou por diversos períodos geológicos, suportou drásticas mudanças climáticas, mas não está resistindo aos machados e motosserras de duas gerações humanas.
Atualmente a floresta com araucárias está à beira da extinção. Restam menos de 3% de sua área original, incluindo as florestas exploradas e matas em regeneração. Menos de 1% da área original guarda as características da floresta primitiva.
Esta situação é cotidianamente agravada porque a floresta ainda sofre pela exploração ilegal da madeira e pela conversão da floresta em áreas agrícolas e reflorestamentos de espécies exóticas, aumentando ainda mais o isolamento e insularização dos remanescentes. A mesma pressão é exercida sobre os campos naturais associados à Floresta Ombrófila Mista, agravando ainda mais a situação desse ecossistema.
A araucária é um símbolo de resistência na luta pela conservação da biodiversidade. Muitas batalhas foram perdidas, como o caso escandaloso de Barra Grande. Entretanto ainda resta esperança e a manutenção dos últimos remanescentes nativos é fundamental, como pode ser constatado no trabalho feito junto ao Parque Nacional das Araucárias e à Estação Ecológica da Mata Preta.
A restauração da floresta com araucárias também é extremamente importante e ela pode ser feita inclusive visando o uso econômico no futuro, seja da madeira da araucária plantada, seja através da colheita do pinhão (de araucárias nativas ou plantadas), seja pela exploração de sistemas agroflorestais, onde a araucária pode ser plantada com outras espécies como a erva-mate, a espinheira-santa, a bracatinga, a pitangueira, a cerejeira e etc.
O que importa é que todos se conscientizem de que as ações em prol do futuro do Planeta devem ser colocadas em prática por todos nós, imediatamente.
Durante seu crescimento passa pelas mais variadas formas. Quando pequeno o pinheirinho parece um candelabro, à medida que cresce assume a forma de um cone e já no auge de sua maturidade, assemelha-se a uma taça. É o conjunto de taças, das copas dos pinheiros adultos, que confere à floresta com araucárias toda sua beleza e imponência, em especial no inverno, quando a neve a enfeita ainda mais.
No Sul do Brasil, o pinheiro brasileiro também é muito lembrado no período de inverno e festas juninas, quando a sua semente, o pinhão, é muito apreciado, cozido ou assado na brasa. Existe inclusive a festa nacional do pinhão, em Santa Catarina. O pinhão é uma fonte de alimento muito importante para a fauna nativa. Uma lenda, passada de geração em geração, conta que quem planta a araucária é a gralha-azul, que coleta os pinhões para comer, escondendo alguns para depois e acaba se esquecendo deles. Assim nascem os novos pinheirinhos. Lenda ou não, o fato é que existe uma ligação muito profunda e delicada entre a floresta e seus habitantes, inclusive os habitantes humanos. O pinhão é, ainda hoje, uma fonte de renda para muitas famílias.
A qualidade da madeira, leve e sem falhas, fez com que a araucária fosse impiedosamente explorada, principalmente a partir do início do século XX. Calcula-se que, entre 1930 e 1990, cerca de 100 milhões de pinheiros tenham sido derrubados. Nas décadas de 1950 e 1960, a madeira de araucária figurou no topo da lista das exportações brasileiras.
Nem mesmo a beleza cênica, a riqueza biológica, a importância econômica de espécies como a araucária, a imbuia, o xaxim, a canela sassafrás e a erva mate, ou o alerta de cientistas e ambientalistas feitos a partir de 1930, foram suficientes para que as autoridades e a sociedade brasileira adotassem medidas efetivas de proteção da floresta com araucárias.
A araucária é uma das espécies mais antigas da flora brasileira, passou por diversos períodos geológicos, suportou drásticas mudanças climáticas, mas não está resistindo aos machados e motosserras de duas gerações humanas.
Atualmente a floresta com araucárias está à beira da extinção. Restam menos de 3% de sua área original, incluindo as florestas exploradas e matas em regeneração. Menos de 1% da área original guarda as características da floresta primitiva.
Esta situação é cotidianamente agravada porque a floresta ainda sofre pela exploração ilegal da madeira e pela conversão da floresta em áreas agrícolas e reflorestamentos de espécies exóticas, aumentando ainda mais o isolamento e insularização dos remanescentes. A mesma pressão é exercida sobre os campos naturais associados à Floresta Ombrófila Mista, agravando ainda mais a situação desse ecossistema.
A araucária é um símbolo de resistência na luta pela conservação da biodiversidade. Muitas batalhas foram perdidas, como o caso escandaloso de Barra Grande. Entretanto ainda resta esperança e a manutenção dos últimos remanescentes nativos é fundamental, como pode ser constatado no trabalho feito junto ao Parque Nacional das Araucárias e à Estação Ecológica da Mata Preta.
A restauração da floresta com araucárias também é extremamente importante e ela pode ser feita inclusive visando o uso econômico no futuro, seja da madeira da araucária plantada, seja através da colheita do pinhão (de araucárias nativas ou plantadas), seja pela exploração de sistemas agroflorestais, onde a araucária pode ser plantada com outras espécies como a erva-mate, a espinheira-santa, a bracatinga, a pitangueira, a cerejeira e etc.
O que importa é que todos se conscientizem de que as ações em prol do futuro do Planeta devem ser colocadas em prática por todos nós, imediatamente.
Pinheiro Brasileiro
Nome cientifico: Araucaria
angustifolia (Bertol.) Kuntze
Família: Araucariaceae.
Utilização: madeira utilizada na construção civil, utensílios domésticos e cabos de ferramentas. Foi muito utilizada na indústria naval. Sementes comestíveis (pinhão) e atrativas para a fauna. Também é utilizada no paisagismo.
Coleta de sementes: diretamente da árvore ou no chão após a queda.
Época de coleta de sementes: abril a agosto.
Fruto: Não apresenta frutos, suas sementes ficam juntas “nuas”, sem nenhuma polpa as envolvendo. O conjunto de sementes é chamado de pinha.
Flor: estróbilos verdes.
Crescimento da muda: médio.
Germinação: Cada sementes é colocada diretamente nos saquinhos com substrato, com a ponta para baixo, levemente inclinada, sendo de germinação rápida.
Plantio: mata ciliar, área aberta.
Observação: Não é recomendável a produção de mudas através da repicagem. Para o plantio no campo é importante que as mudas não ultrapassem 10 cm de altura. Os pinhões também podem ser plantados diretamente.
Família: Araucariaceae.
Utilização: madeira utilizada na construção civil, utensílios domésticos e cabos de ferramentas. Foi muito utilizada na indústria naval. Sementes comestíveis (pinhão) e atrativas para a fauna. Também é utilizada no paisagismo.
Coleta de sementes: diretamente da árvore ou no chão após a queda.
Época de coleta de sementes: abril a agosto.
Fruto: Não apresenta frutos, suas sementes ficam juntas “nuas”, sem nenhuma polpa as envolvendo. O conjunto de sementes é chamado de pinha.
Flor: estróbilos verdes.
Crescimento da muda: médio.
Germinação: Cada sementes é colocada diretamente nos saquinhos com substrato, com a ponta para baixo, levemente inclinada, sendo de germinação rápida.
Plantio: mata ciliar, área aberta.
Observação: Não é recomendável a produção de mudas através da repicagem. Para o plantio no campo é importante que as mudas não ultrapassem 10 cm de altura. Os pinhões também podem ser plantados diretamente.
Fotos: Miriam Prochnow e Wigold B. Schaffer
POESIA
PINHEIRO
Contigo vive o tico tico e a perdiz,
de todas as árvores, você e a matriz,
todos os pássaros vivem a ti adorar.
Em seu belo galho,onde fazem os ninhos,
vejo,uma centena de passarinhos
nas tardes,para você a cantar.
De todas as árvores,e a mais bela!
pois fico te admirando da janela,
esse tão belo símbolo do Paraná!
que ornamenta, a grota e a estepe
que dá,bom alimento ao serelepe,
e onde faz seu ninho, o sabiá.
Pinheiro. Essa nossa árvore lendária,
que também a chamam de araucária,
que tanto embeleza o nosso chão!
Entre tantas,bem mais de mil,
e verdadeira riqueza do Brasil,
que traz tanta vida a região.
De seu fruto,que e tão apreciado,
há tempos,muito tem se falado,
pois eu concordo com toda a razão.
Alem da sua tão resistente madeira
você enfeita a nossa capoeira
e todo ano,nos dá o pinhão.
Mas tanto faz,pinheiro ou araucária,
eu sei que e uma árvore extraordinária,
tanto na cidade,como no sertão.
Em sua formosura tão rara,
com quase nada se compara
em nosso Brasil,nosso torrão.
A você, que enfeita o meu quintal,
também e a minha árvore de natal,
por mim será sempre estimado.
Essa árvore tão útil e de grande beleza,
e uma verdadeira joia da natureza,
aqui estará livre do machado.
GIL DE OLIVE
TEXTO INFORMATIVO
Elas Preservando: mais uma escola na luta pela preservação do planeta
A
Na manhã de sábado, 18, o Centro Educacional Souza Poletti reuniu seus alunos para promover uma belíssima ação em prol da preservação do planeta. O dia foi destinado à instalação do projeto ambiental “Minha escola é verde”. Durante todo o evento diversas manifestações sobre o tema lembraram às crianças sobre a importância de se preservar a natureza, inclusive a montagem de um berçário de mudas de palmito juçara e pinheiro de araucária, ambas nativas da mata atlântica e próximas de estar entre as espécies ameaçadas de extinção. A Confecção Elas, que possui o projeto ambiental Elas Preservando, foi quem proporcionou a ideia à diretoria do Centro Educacional Souza Poletti, que prontamente aceitou a parceria. Para montar o pequeno berçário, com capacidade para cem mudinhas, foram usados cones de linhas—ou seja, rolos de plástico maciço, em que a linha é armazenada para costurar as roupas e que lembra um tubete de plantas. A terra foi doada pelo Horto Terra Viva, do Cônego, que é parceira do Elas Preservando.
Para celebrar a data de início ao projeto ambiental “Minha escola é verde” foi lançada uma camiseta, confeccionada pela marca Elas, com ilustração ambiental que poderá ser usada, inclusive, como uniforme no dia a dia dos alunos e professores do Souza Poletti. A escola, fundada em 2001, que está localizada na Avenida Conselheiro Julius Arp 197, próximo à subida da Rua São Paulo, é um referencial em educação infantil, sempre inovando e aprimorando sua qualidade de ensino baseada na visão pedagógica de sociointeracionismo. Trabalha com crianças desde 11 meses de idade até o 5º ano do ensino fundamental, seja de forma integral ou parcial.
Segundo os idealizadores, a ideia é fazer com que cada aluno cultive uma mudinha e se sinta responsável por ela até a fase adulta, quando as mudas serão levadas para o Horto Municipal, que por sua vez as destinará, com os seus técnicos ambientais, ao reflorestamento e/ou reintrodução das espécies em áreas específicas em Nova Friburgo. Para isso o projeto Elas Preservando já conta com o apoio de Eduardo de Vries, secretário de Meio Ambiente do município, que vem dando atenção relevante à iniciativa da Confecção Elas. O projeto Elas Preservando também conta com apoio de A VOZ DA SERRA, Marcos Cunha (ambientalista), Flávio Monteiro (estudante de engenharia florestal da UFRRJ) e colaboradores que doam sementes. Esta é a segunda escola onde uma base do Elas Preservando está instalada—também existe projeto semelhante na EM Patrícia Jonas Santanna. O objetivo dos proprietários da Confecção Elas, Alex e Adriana Santos, é expandir o projeto para outras escolas.
Os interessados em saber mais sobre o projeto “Minha escola é verde” podem fazer contato pelo telefone (22) 4105-1071 ou acessar www.elasecomodas.com.
A equipe da
Souza Poletti aposta na preservação do meio ambiente
lex Sandro SantosNa manhã de sábado, 18, o Centro Educacional Souza Poletti reuniu seus alunos para promover uma belíssima ação em prol da preservação do planeta. O dia foi destinado à instalação do projeto ambiental “Minha escola é verde”. Durante todo o evento diversas manifestações sobre o tema lembraram às crianças sobre a importância de se preservar a natureza, inclusive a montagem de um berçário de mudas de palmito juçara e pinheiro de araucária, ambas nativas da mata atlântica e próximas de estar entre as espécies ameaçadas de extinção. A Confecção Elas, que possui o projeto ambiental Elas Preservando, foi quem proporcionou a ideia à diretoria do Centro Educacional Souza Poletti, que prontamente aceitou a parceria. Para montar o pequeno berçário, com capacidade para cem mudinhas, foram usados cones de linhas—ou seja, rolos de plástico maciço, em que a linha é armazenada para costurar as roupas e que lembra um tubete de plantas. A terra foi doada pelo Horto Terra Viva, do Cônego, que é parceira do Elas Preservando.
Para celebrar a data de início ao projeto ambiental “Minha escola é verde” foi lançada uma camiseta, confeccionada pela marca Elas, com ilustração ambiental que poderá ser usada, inclusive, como uniforme no dia a dia dos alunos e professores do Souza Poletti. A escola, fundada em 2001, que está localizada na Avenida Conselheiro Julius Arp 197, próximo à subida da Rua São Paulo, é um referencial em educação infantil, sempre inovando e aprimorando sua qualidade de ensino baseada na visão pedagógica de sociointeracionismo. Trabalha com crianças desde 11 meses de idade até o 5º ano do ensino fundamental, seja de forma integral ou parcial.
Segundo os idealizadores, a ideia é fazer com que cada aluno cultive uma mudinha e se sinta responsável por ela até a fase adulta, quando as mudas serão levadas para o Horto Municipal, que por sua vez as destinará, com os seus técnicos ambientais, ao reflorestamento e/ou reintrodução das espécies em áreas específicas em Nova Friburgo. Para isso o projeto Elas Preservando já conta com o apoio de Eduardo de Vries, secretário de Meio Ambiente do município, que vem dando atenção relevante à iniciativa da Confecção Elas. O projeto Elas Preservando também conta com apoio de A VOZ DA SERRA, Marcos Cunha (ambientalista), Flávio Monteiro (estudante de engenharia florestal da UFRRJ) e colaboradores que doam sementes. Esta é a segunda escola onde uma base do Elas Preservando está instalada—também existe projeto semelhante na EM Patrícia Jonas Santanna. O objetivo dos proprietários da Confecção Elas, Alex e Adriana Santos, é expandir o projeto para outras escolas.
Os interessados em saber mais sobre o projeto “Minha escola é verde” podem fazer contato pelo telefone (22) 4105-1071 ou acessar www.elasecomodas.com.
Cada criança ficou responsável por
um mudinha
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